Morre lenda do beisebol Gary Carter
Acredito que não seja nenhum absurdo dizer que o jogador Gary Carter fez história em um time e acabou imortalizado em outro. Afinal ganhar a World Series é muito melhor do que defender sua primeira equipe por longos e intermináveis dez anos sem nem passar perto da chance de ser campeão. Em um exemplo prático seria como se LeBron James fosse campeão da NBA pelo Miami Heat, exceto é claro pelo fato que o Cleveland Cavaliers talvez jamais o veja encerrando sua carreira por lá. Pois com Gary Carter isso aconteceu, em 1992, quando o catcher voltou para o Montreal Expos após ter sido campeão com o New York Mets em 1986. Não só pelo retorno, é claro, a sua camisa número oito do Expos acabou sendo aposentada e imortalizada quando ele entrou para Hall da Fama em 2003.Maravilhoso ter a sua camisa aposentada, o seu número sendo exibido para sempre no estádio e a certeza de que sua história foi grande e importante. Mas nada do que fez no Montreal Expos foi tão grandioso quanto o que fez no Mets em 1986, o ano em que faturou a World Series, uma das duas únicas World Series que o New York Mets possui em toda a sua existência. O Montreal Expos nem existe mais e jamais foi campeão. Sem levar em consideração que a World Series de 1986 foi uma das mais épicas decisões que a MLB já viu em sua história, principalmente pelo rival derrotado pelo Mets, o Boston Red Sox que amargava naquela ocasião 64 anos sem títulos. Além dos acontecimentos inacreditáveis e inexplicáveis do emocionante e fantástico jogo seis, em um dia 25 de outubro marcante e inesquecível para o mundo do beisebol.
Uma das grandes oportunidades de acabar com a Maldição do Bambino. O Boston Red Sox queria esquecer Babe Ruth, mas acabou se esquecendo do Mets. A equipe dos meias vermelhas até começou bem aquele jogo seis da World Series de 1986, mas permitiu que o adversário chegasse ao empate com uma rebatida de sacrifício dele mesmo, Gary Carter. Na entrada extra um dos maiores dramas já vividos por uma equipe na MLB, talvez o maior drama de sempre para o Red Sox. Tudo porque John McNamara resolveu deixar Bill Buckner em campo. Buckner estava com os tornozelos machucados e saía de campo quando a equipe estava vencendo. O Red Sox havia anotado duas corridas, o Red Sox estava vencendo, o título estava nas mãos, mas Bill Buckner permaneceu em campo. McNamara queria que ele estivesse em campo para comemorar o título, levando os torcedores de Boston ao seu mais completo desespero.
Segunda parte da décima entrada, o jogo já empatado em 5 a 5 e no placar contagem completa com três bolas e dois strikes para o rebatedor do Mets, sendo que haviam ainda dois jogadores eliminados. Por isso é tão épico e espetacular. Bastava eliminar esse jogador e correr para o abraço, para ser campeão, com Bill Buckner em campo e tudo mais. Mas ele consegue rebater de forma fraca, para o chão, em direção à primeira base; A bola vem quicando de forma irregular, passando um pouco da primeira base, estava fácil de se pega e acabar com tudo ali mesmo, mas Bill Buckner não pega a bola, não segura, coloca tudo a perder em frações de segundo. A bola sorrateiramente passou por sua luva e por deibaixo de suas pernas, foi indo embora assim como o sonho do Red Sox se desfazia. Ray Knight correu e correu muito, da segunda base até o home plate, 6 a 5 no placar e jogo sete forçado, onde o Mets vencera por 8 a 5 e se sagraria o grande campeão da MLB em 1986.
1 Comentários:
A morte não é um fim de vida. O nome disso é carnaval na Rede TV! A morte é outra coisa. rsrsrsrsrrs...
Brincadeiras a parte, uma pena mesmo o falecimento do Gary Carter... Todas as homenagens serão poucas pra ele... Os meus sentimentos pra familia...
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