Mets pela vingaça ou justiça

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Alguns entendem como revanche e vingança, duas coisas que para a visão de muitos neste mundo é algo que não se deve fazer para que se tenha uma vida melhor, principalmente porque Jesus Cristo a muitos anos atrás já dizia que devemos dar a "outra face". Infelizmente nem sempre é possível viver assim, quando se é atacado de forma brutal não tem como evitar uma reação, nesse caso podemos ver que se trata de justiça, é uma forma de evitar que cada uma faça o que quiser com os outros, evitar que pessoas sejam mortas por causas banais, retaliações por supostas opressões. Para quem não tem raiva dos Estados Unidos é difícil entender porque tantos outros possuem esse ódio mortal. Matar Osama Bin Laden não vai acabar com o terrorismo, mas tenha sido por vingança ou justiça, o ato fez o americano comemorar como quem comemora uma vitória em uma competição esportiva.

Na frente da Casa Branca onde o presidente Barack Obama fez o anuncio oficial, sob as luzes da Times Square ou até mesmo no Ground Zero, no exato local das memórias tristes e dolorosas que remetem ao sentimento de querer vingança, de lutar pela justiça. Quase não houve lugares onde os cidadãos americanos ou qualquer envolvido com os ataques de 11 de setembro estivesse celebrando, estivesse comemorando uma vitória simbólica que demorou dez anos para acontecer, e que trouxe repercussão mundial. No esporte então tinha que ser mesmo emblemático esse momento histórico dos Estados Unidos, tinha que ser durante um jogo de beisebol que estivesse envolvendo uma equipe de Nova York, o New York Mets, e é claro que tinha que ser na cidade mais atingida pelos ataques, obviamente com um único vencedor neste duelo.

Em 11 de setembro de 2001, um dos aviões squestrados pelos terroristas de rede Al Qaeda liderada por Osama Bin Laden, não atingiu seu alvo, ele foi derrubado pelos próprios passageiros pois estes ficaram sabendo através de ligações telefônicas que outros atentados com aviões estavam acontecendo. A dez anos atrás a comunicação já era rápida o suficiente para evitar uma tragédia ainda maior, hoje em dia então nem se fala. A partida da MLB entre O New York Mets e o Philadelphia Phillies está na oitava entrada com o placar empatado em 1 a 1, aos poucos os 45.713 torcedores que lotam o Citi Field, no Queens, vão recebendo a notícia em seus aparelhos ultra modernos, muitos deles provavelmente comprados em alguma loja da Quinta Avenida. O maior e mais procurado terrorista do mundo havia sido morto, o jogo ainda não havia terminado, mas todos já podiam comemorar uma grande vitória.

Independente de torcer para o Mets ou para o Phillies, os torcedores se uniram e começaram a gritar U.S.A - U.S.A, com muito orgulho e satisfação. No campo os jogadores sem saber de nada tentavam se concentrar em seu trabalho. Já faz muito tempo que o New York Mets não faz muito na MLB, nesse ano a campanha é de 12 vitórias e 16 derrotas e a equipe amarga a última colocação na Divisão Leste da Liga Nacional. Na série contra o Phillies, um dos melhores times do ano e favorito ao título, foram duas derrotas de uma sequencia de três reverses, mas neste histórico dia 1º de meio de 2011 (ironicamente mais um dia envolvendo vários números um como naquele dia 11 de 2001) as coisas tinham que ser diferentes, a equipe de Nova York, a cidade de Nova York não poderia cair novamente, não poderia ser sofrer novamente como sofreu a dez anos, e o Mets conseguiu vencer no desempate após 14 entradas.

Pelo ódio que Osama Bin Laden tinha pelos Estados Unidos da América, podemos entender que o que ele fazia já era uma vingança, mesmo porque o próprio terrorista já foi até um aliado da maior potência do planeta. Matá-lo é a revanche da vingança, ou a justiça para quem perdeu um ente querido no 11 de setembro, e certamente não vai colocar um ponto final na Al Qaeda e muito menos nos ataques terroristas. O ato sendo correto ou não pelo menos serve para mostrar que os Estados Unidos estão prontos para responder a qualquer tempo e contra qualquer um se forem atacados, se tiverem seu povo dizimado e seu orgulho ferido. Os Estados Unidos despertam ódio em quem não aceita sua forma de atuar no mundo, mas seus eventos esportivos trazem a alegria e a paixão que todos deveriam sentir em qualquer circustância da vida, no esporte os vitoriosos comemoram e os derrotados vão para a casa pensando em melhorar na proxima vez, ninguém mata ninguém, a vingança ou a justiça acontece sempre de forma natural e no final vence quem treinou mais e quem se dedicou mais, mesmo que demore dez anos para acontecer. (Foto: GloboEsporte)

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