Helinho faz história vinte anos depois

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As 500 milhas de Indianápolis é uma corrida tão grandiosa que ela consegue ser infinitamente maior que o próprio campeonato da Fórmula Indy. Com mais de 100 anos de história muitos pilotos se dedicam a corre-la todos os anos sem nem fazer parte do campeonato da categoria. A Fórmula Indy por si só perdeu um pouco de sua graça ao longo de tantos anos mondando de nome e se dividindo, confundindo telespectadores e deixando seus carros cada vez mais feios em termos de aparência. Mas as 500 milhas sempre seguiram lá com sua força incomum e com as arquibancadas do Indianápolis Motor Speedway sempre lotadas de fãs apaixonados. Eles ficam atentos às cada volta que os carros dão na pista do celebre circuito oval, onde um piloto brasileiro busca obstinadamente por mais uma vitória para fazer história aos 46 anos de idade.

Parece mesmo o ano dos "velhinhos" no esporte. Depois de Tom Brady ser campeão do Super Bowl com 43 anos e Phil Mickelson faturar o PGA Championship de golfe aos 50 anos, agora foi a vez de Hélio Castroneves vencer a maior prova do automobilismo mundial com seus 46 anos, exatos 20 anos depois que havia conquista a mesma prova pela primeira vez na carreira em sua primeira participação em 2001. Com o feito ele chegou ao seu quarto trinfo e igualou a marca dos lendários pilotos A. J. Foyt, Al Unser e Rick Mears, que também foram campeões quatro vezes em suas carreiras. Eles são os maiores de todos os tempos, já que ninguém até hoje venceu cinco vezes.

Para alcançar este feito, Helinho, que já foi acusado de fraude fiscal nos Estados Unidos e que já venceu concurso de dança por lá também, teve que tomar uma decisão ousada em sua brilhante carreira ao deixar a equipe Penske, pela qual correu por toda a vida e participou de todos as 500 milhas nesse período, onde inclusive conseguiu outros três vices, para se arriscar na equipe Meyer Shank Racing, uma equipe que começou a correr apenas recentemente em 2017. A decisão ousada e arriscada acabou lhe rendendo o maior prêmio e o principal prêmio que poderia querer antes de pensar em uma aposentadoria, vinte anos depois, a quarta vitória na maior prova automobilística do mundo.

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