A disputa acirrada continua ...

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No final do ano de 2021 o tenista russo Daniil Medvedev derrotou Novak Djokovic na final do US Open e impediu o sérvio de alcançar duas grandes conquistas. Djokovic queria vencer os quatro títulos de Grand Slam no mesmo ano, feito que apenas o australiano Rod Laver conseguiu até hoje na história. Além disso, ele ainda poderia ter se tornado o maior campeão de Grand Slam em todos os tempos, já que na ocasião tinha 20 conquistas, mesmo número que seus rivais Roger Federer e Rafael Nadal. A vida seguiu e em 2022 o ano começou como sempre em Melbourne, com o Austrlaian Open, mas Novak Djokovic cometeu o maior erro de sua carreira ao não tomar a vacina contra Covid-19, acabando por ser expulso do país e impedido de voltar lá pelos próximos três ano pelo menos. Roger Federer não foi para lá, então o caminho ficou livre para o espanhol Rafael Nadal, mas o russo Daniil Medvedev estava lá para tentar impedir feitos como impediu Djokovic no final do ano passado.

Nadal fez sua parte, com alguns momentos de sofrimento, chegou na grande final, e do outro lado estava Medvedev, que vem jogado muito nos últimos anos. O russo venceu o primeiro set com facilidade e, no segundo, conseguiu sair de um grande buraco para vencer no tie break e ficar com uma excelente vantagem de dois sets a zero. Nadal, de alguma forma sobrenatural, não se abalou, e conseguiu uma reação épica para alcançar um dos maiores feitos de sua carreira. Não era o último Grand Slam do ano para fechar os quatro como fizera Rod Laver e quase fez Djokovic, mas como o sérvio não superou os vinte e também não estava lá para tentar novamente, Nadal queria aproveitar a chance, mesmo com o "impedidor" dos feitos Medvedev do outro lado vencendo por 2 a 0.

Foram 5 horas e 24 minutos de uma batalha espetacular, mas ele conseguiu a virada e faturou o título pela segunda vez na vida. Na última vez que Nadal havia ganho o Aberto da Austrália, em 2009, ele também precisou de cinco sets e quase o mesmo tempo (foram 5 horas e 14 minutos) para superar na ocasião Djokovic, numa época que não precisava tomar vacinas! Assim Nadal chegou pela primeira vez a essa inacreditável marca de 21 títulos de Grand Slam, quando até pouco tempo atrás os 14 de Pete Sampras pareciam tão impossíveis de serem alcançados. Agora além de terem deixado o americano para trás, eles ainda elevaram o nível de um jeito tão alto que nos faz pensar novamente que será impossível alguém conseguir fazer o que eles estão fazendo agora, em uma disputa tão acirrada que nem terminou.

É certo que Roger Federer, com seus 40 anos, talvez já esteja fora dessa briga, a não ser que consiga um milagre em Wimbledon. Já Nadal que fará 36 em junho e Djokovic, que fará completa 35 em maio, parecem ainda muito fortes para seguirem aumentando os números. Após perder Roland Garros no ano passado, título que já ganhou 13 vezes, Nadal deve vir com sangue nos olhos para vencer pela 14ª vez e chegar aos 22 Slams. Já Djokovic precisará ceder à vacinação para poder estar em Paris e não deixar o espanhol disparar na frente. Depois disso virá Wimbledon e US Open, com os outros jogadores tentando impedir esses gênios de seguirem fazendo história, incluindo Daniil Medvedev, que um dia viu a alegria de ser um carrasco, mas em outro viu que com esses três extraordinários jogadores não se brinca.

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