No palco perfeito

13:20 Net Esportes 6 Comments

Ele foi o maior tenista brasileiro da história mas teve que dizer adeus muito cedo, Gustavo Kuerten foi vítima de uma lesão no quadril capaz de lhe causar dores isuportáveis para jogar plenamente, o tenista que encantou o mundo se despede das quadras aos 31 anos de idade, no palco que o consagrou, o mais charmoso dos Grand Slams, o torneio de Roland Garros.

No jogo do adeus, Guga, que recebeu um convite da organização, reeditou o uniforme que usou em 1997, ano do primeiro de três triunfos em Paris, ovacionado pelo público que lotou a quadra central e aprendeu a admirar o jogador, pelo seu carisma e dedicação e até uma prova de amor dada aos fãs como quando desenhou um coração na quadra, ele lutou bastante, mas acabou perdendo a partida.

A derrota final na carreira foi justamente para um fracês, Paul-Henri Mathieu marcou 3 sets a 0 mas o que ficará marcado será o esforço de Guga, que chegou a igualar o placar no segundo set, levantando a torcida que gritava coros com seu nome, ainda salvou um match point no final e fez lembrar os velhos tempos em que chegou a ser considerado o 'Rei do Saibro', o que certamente fez valer o troféu que recebeu no final do jogo com um pedaço do solo de uma das quadras.

Os presentes na quadra central Phillipe Chartier e todos os que acompanharam de longe, víram um momento marcante de um tenista que jogou o quanto pôde com muito amor e dedicação, um jogador que levou o nome do Brasil ao topo do ranking da ATP por 43 semanas, venceu 20 torneios incluindo a Masters Cup e ainda foi heróico em campanhas brilhantes na Copa Davis. Gustavo Kuerten deixará saudades e jamais será esquecido, o maior tenista brasileiro da história marcou época e certamente somos gratos por isso, portanto, valeu mesmo Guga !! (Foto: Thomas Coex/Getty Images)

- GUSTAVO KUERTEN
- ROLAND GARROS

6 Comentários:

Loucos por F-1 disse...

Guga foi um dos grandes nomes do esporte nacional. Chegou ao topo com a cara e a coragem, sem apoio algum. Infelizmente essa contusão tirou o brasileiro muito cedo das quadras.

Abraços!!

Leandro Montianele

Arthur Virgílio disse...

Guga é fera. Também fiz um post especial no meu blog sobre sua despedida.

O rei jamais perde a majestade.

Daniel Leite disse...

Eu sou um fã incondicional do Guga. Ser brasileiro, carismático, competentíssimo jogador de tênis e ídolo na França é para poucos. Aliás, é só para ele. Vamos aguardar o jogo de duplas, ao lado do Grosjean.

Até mais!

blog disse...

Grande. O maior, entre brasileiros. E isso significa o quê, em termos universais?

Guga não está na galeria dos maiores. Nem de longe, a meu ver.
Faltou-lhe a fúria do campeão, aquele que suplanta a dor. Não há atleta saudável. Todos sentem dor. Pelé sentia dores horríveis nas coxas. Jordan chegou a jogar com estiramentos.
Não há como comparar, claro. São atletas de cunho mundial, reconhecidos no planeta inteiro.

Faltou a Guga ganhar o US Open, Wimbledon, Aberto da Austália e muito mais coisa.
Eu já afirmei isso. Discuto o assunto com tranqüilidade. Acredito realmente que embutem nele algo que ele não merece, mas que adora, claro.
Eu tb adoraria.

Falta justiça.
Sinceramente.

Anônimo disse...

@Blog Grijó: Concordo que talvez ele pudesse lutar mais contra a dor e tentar se superar, mas em termos de ser o maior brasileiro da história acredito que significa muito, o Brasil é medíocre em termos de outros esportes, quantas medalhas vamos ganhar em Pequim ?? 10 ?? quem sabe 15 ?? ou menos ??? então quando um atleta vai lá e lidera o ranking mundial da ATP, se torna um dos 7 a vencer o mesmo Grand Slam por três vezes em toda a história, ganha a Masters Cup passando por Agassi e Sampras..... esse cara merece o mínimo de reconhecimento, e o Guga além disso ainda tem carisma, e manteve o Brasil por bastante tempo no Grupo Munidal da Copa Davis..... faltou muita coisa pro Guga, mas mesmo assim ele fez bastante vindo de um páis que só pensa no Futebol.

JC Baldi disse...

O Guga foi fora-de-série. Não conseguiu se manter no topo por muito tempo, por conta da lesão, mas ganhar 3 vezes Roland Garros não é para qualquer um. Pete Sampras e Roger Federer nunca ganharam, e não ouço dizerem que eles são "incompletos". Infelizmente, alguns brasileiros gostam de desmerecer os feitos de outros brasileiros. Deve ser inveja mesmo.
Rafael Nadal é o Guga de ontem, mas, como ele não é brasileiro, tem qualidade...
Quem é muito bom no saibro, tem dificuldade nos outros pisos, isso é histórico. E vice-versa.
Quanto a lutar contra a dor, só quem sente pode dizer se podia lutar mais ou menos. Não temos como medir. Chega a ser leviano falar sobre isso.