República Checa de volta

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Martina Navratilova e Jana Novotná aplaudiam de pé, não era à toa, na quadra central do All Englan Club a compatriota de ambas, Petra Kvitová, se sagrava como a mais nova campeã do Grand Slam britânico. Desde 1998 quando a representante da República Checa derrotava a francesa Nathalie Tauziat, desde 1990 quando a hoje naturalizada americana e excepcional jogadora de tênis, Martina Navratilova, ganhava a sua nona taça nas gramas sagradas de Londres, ironicamente o último ano que uma canhota conquistava o título, feito repetido apenas agora em 2011 por Kvitová. A vitória da jovem jogadora de apenas 21 anos nunca foi apontada como muito provável, mesmo que ela tivesse sido semifinalista no ano passado, e principalmente pela rival que enfrentou na decisão.

Às vezes não é muito fácil assistir um jogo de tênis feminino, o motivo é simples: a extrema beleza de algumas jogadoras. Uma das mais belas do circuito, e também muito talentosa, é a russa Maria Sharapova, uma verdadeira musa do esporte. Seu rosto perfeito, cabelo perfeito e corpo atlético de dar inveja. Sharapova solta gritos estridentes a cada golpe que da na bolinha com sua raquete mágica, muitas se irritam e acham exagerado, algumas outras seguem seus passos e fazem a mesma coisa. Em 2004 era apenas uma menina, de 17 anos de idade, e acabou passando de forma até fácil pela então bicampeão Serena Williams. Desta vez são três títulos de Grand Slam na carreira, muito mais experiência, o fato de ser a esportista mais bem paga do mundo e quem sabe muito mais pressão, a derrota dói mais em uma situação como essa.

Não é como o caso de Roland Garros, por exemplo, que viu nos últimos quatro anos seis tenistas diferentes na decisão com quatro campeã diferentes. Wimbledon é mais como o US Open e o Aberto da Austrália, Kim Clijsters, Serena Williams, a própria Sharapova e até Justine Henin antes da primeira aposentadoria dominavam amplamente. Hoje o tênis feminino vive um momento de muita indefinição, a número um do mundo Caroline Wozniacki nunca ganhou um torneio de Grand Slam e em Wimbelon 2011 caiu nas oitavas-de-final, Venus e Serena foram eliminadas na mesma fase e a campeã de Roland Garros, Na Li, saiu bem antes, na segunda rodada. Maria Sharapova era a última esperança de fazer Wimbledon não viver mais um dia de zebra, que talvez possa quem sabe ser o começo de uma nova era.

Martina Navratilova sem dúvida alguma iria adorar. Petra Kvitová admitiu nervosismo antes da partida decisiva, não teve nenhuma adversária forte em seu caminho até a final e dominou completamente Sharapova para faturar seu prato de prata sobre o famoso chão verde do All England Club. Primeira decisão de um torneio de Grand Slam e logo de cara a vitória, não tem como deixar de acreditar que com apenas 21 anos de idade ela consiga crescer ainda mais na carreira e melhorar seu jogo, melhorar seus resultados nos outros Grand Slam onde não passou nem das quartas-de-final e provar que esse não foi apenas um dia de sorte em um ano de sorte. Kvitová pode ser como Navratilova, mas se nunca mais triunfar poderá ser apenas uma Jana Novotná, que ganhou apenas uma vez em um ano qualquer, sem claro neste único ano ter cravado seu nome na história para jamais ser apagado. (Por: Net Esportes Foto: AFP PHOTO/CARL DE SOUZA/Getty Images)

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