E o campo de Oakmont não perdoa

10:31 Net Esportes 0 Comments

O primeiro dia do US Open de golfe em Oakmont foi uma montanha-russa de emoções, e isso não é um exagero. Enquanto todos esperavam que os tubarões desse peculiar esporte dominassem, quem brilhou foi um nome menos conhecido: J.J. Spaun! O cara simplesmente fez 4 abaixo do par, sem um único bogey, jogando o golfe que a gente sonha em ter no videogame, mas que raramente vê na vida real quando a disputa acontece nesse campo infernal. Enquanto um a um ia tropeçando nas "moitas" de Oakmont, Spaun, com uma calma que beirava a insolência, mostrava como se faz, calando a boca de quem duvidava. É o tipo de história que a gente adora, com o azarão virando o jogo!

Mas nem tudo foram flores. A realidade bateu forte para os figurões. Onde estava o Scottie Scheffler, o número 1 do mundo, que vinha ganhando tudo e mais um pouco? Ele foi lá e meteu seis bogeys, um show de horrores que a gente não está acostumado a ver nesse grande jogador. Parecia que o Oakmont pegou ele de surpresa, provando que até os melhores são humanos, e que as vezes a pressão e um campo desses te deixam "menos afiado", como ele mesmo disse. E o Rory McIlroy, então? Depois daquela vitória no Masters, a gente esperava um McIlroy flamejante, mas ele simplesmente se escondeu, não falou com a mídia e terminou a volta com 74 tacadas para digerir. Pelo visto, a grama de Oakmont não perdoa nem os grandes nomes do golfe.

Teve até uns momentos de puro surto que mostram como esse esporte pode ser cruel e imprevisível. Patrick Reed foi de herói a vilão em questão de minutos: fez um eagle espetacular, daqueles de cair o queixo, e logo depois, pum, um triplo bogey! Fala sério, parece roteiro de filme de comédia. E o Shane Lowry? Fez o primeiro eagle no par-4 do terceiro buraco, mas terminou com um 79. É a prova viva de que o campo Oakmont não está pra brincadeira e que a esperança pode se esvair em um instante, mostrando que uma tacada genial não garante nada.

No fim das contas, com apenas dez jogadores conseguindo fechar abaixo do par, Oakmont se reafirmou como um campo implacável, uma verdadeira máquina de triturar expectativas e talentos. Enquanto J.J. Spaun surpreendeu a todos com sua maestria nos putts, a maioria dos "personagens principais" da história do golfe teve que engolir a seco a dura realidade desse US Open. Brooks Koepka até que se salvou, mostrando um vislumbre do seu velho eu, mas a mensagem é clara: em Oakmont, a humildade e a paciência valem mais do que qualquer ranking. E a gente, do sofá, se diverte (ou se choca) com cada reviravolta. Será que as coisas vão continuar assim até domingo?

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