Muitas surpresas para um domingo
E então o tal do J.J. Spaun, do nada, resolveu aparecer e levar o US Open pra casa. Pra ser sincero, parece que o cara jogou o golfe da vida dele no buraco final, mandando uma tacada de 64 pés e 5 polegadas para um birdie. E no final de uma disputa acirrada ele foi o único a terminar abaixo do par! Esse feito, de fazer birdie-birdie para vencer o US Open, o coloca num pedestal ao lado de lendas como Ben Hogan e Jack Nicklaus. Mas a gente se pergunta: onde estava esse cara antes? É um daqueles momentos em que o azarão brilha, mas a que custo para a previsibilidade do esporte? Será que o golfe está ficando tão chato que precisa de um final de conto de fadas para nos manter acordados?A vitória de Spaun, com seu final emocionante, talvez mascare uma verdade inconveniente: o golfe profissional, apesar de todo o glamour, muitas vezes se arrasta em tédio até o último momento. Essa "virada épica" no 72º buraco, por mais impressionante que seja, serve quase como um truque de mágica para desviar a atenção da dinâmica muitas vezes lenta do esporte. Spaun, o herói da vez, garantiu sua fatia da glória, mas fica a questão: ele é um novo ícone ou apenas o cara certo no lugar certo no dia certo, em um esporte que precisa urgentemente de mais emoção genuína, e não só nas últimas tacadas?
E como se o drama no golfe não fosse suficiente, o Boston Red Sox nos presenteou com outra daquelas decisões que fazem a gente coçar a cabeça. Rafael Devers, um dos nomes mais quentes do time, foi mandado para o San Francisco Giants! A desculpa? Uma tal "tensão crescente" porque o Devers não queria mudar de posição. Vamos lá, Red Sox, sério? Trocar um talento desse calibre por causa de um capricho de posição, ou seria por pura incompetência na negociação? Jordan Hicks, Kyle Harrison, James Tibbs e Jose Bello podem ser talentosos, mas eles realmente compensam a saída de um jogador com o impacto do Devers? É o tipo de movimento que te faz questionar a visão da gerência do time.
Essa troca do Devers, para muitos, cheira a uma gestão que prefere culpar o jogador a assumir a responsabilidade por um relacionamento azedo. Enquanto o golfe festeja um azarão, o beisebol nos mostra o lado frio e calculista do esporte, onde a lealdade muitas vezes se curva diante de intrigas nos bastidores. Devers, agora no Giants, é mais um peão movido em um tabuleiro onde o dinheiro e a política interna muitas vezes superam o talento puro e a paixão dos fãs. No fim das contas, seja no green ou no beisebol, o esporte de alto nível segue seu roteiro, mas nem sempre com a lógica que esperamos ou torcemos.


0 Comentários:
Postar um comentário