Tem VAR nas corridas de cavalos também

09:48 Net Esportes 0 Comments

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Mais de 150 mil pessoas estão onde muitos sonham estar um dia quem sabe. Em Churchill Downs, na velha Louisville do grandioso Kentucky. Desde 1875 escrevendo uma história que surpreende a cada ano. Talvez parecida com a história de 1968, mas de um jeito diferente e inédito desta vez. Na pista desleixada, que fora castigada o dia todo pela chuva, os cavalos seguem firmes em seus galopes poderosos, tudo que eles querem é correr pelas rosas em uma das maiores provas do turfe mundial. Cruzar o disco final na primeira posição é o sonho de muitos deles, mas pode acontecer de não ser o suficiente para alcançar a tão sonhada glória do título de campeão.

Bob Baffert continua lá, ele trabalhou com três cavalos neste ano sonhando em pelo menos igualar a marca de treinador com o maior número de triunfos no Kentucky Derby. Ele conseguiu um quarto e quinto lugar com Improbable e Game Winner, que mais tarde se tornariam terceiro e quarto. Mas as câmeras não estão mostrando Baffert desta vez, ele virou coadjuvante neste ano porque a história está do lado de Jason Servis e William Mott. treinadores que nunca venceram. Ao lado deles estão os jóckeys Luis Saez e Flavien Prat, respectivamente, com um batalhão de repórteres, cinegrafistas e fotógrafos em volta de cada um. Eles estão aguardando uma decisão importante, em uma espera que durou muito mais que a corrida toda.

O Kentucky Derby é uma corrida de cavalos conhecida como "A corrida das rosas" e também como "Os dois minutos mais empolgantes do esporte". Na pista, mesma na encharcada deste primeiro sábado de maior de 2019, os cavalos demoram mesmo cerca de dois minutos para completar a volta em Churchill Downs. O que eles não esperavam, no entanto, era ter que esperar outros 22 minutos para saber o resultado oficial da disputa. Em 1968 um cavalo foi desclassificado por doping, mas nunca um outro cavalo sofreu uma desclassificação como neste ano de 2019. Se tem VAR no futebol, então tem VAR nas corridas de cavalo também. E se nos jogos do Campeonato Brasileiro está demorando muito, aqui está demorando mais ainda, mas após ver e rever a decisão final foi tomada.

Prat e Mott festejam. Saez e Servis saem de cena tristes. O cavalo Maximum Security foi acusado de não manter a máxima segurança e obstruir os cavalos War of Will e Long Range Toddy, lhes custando uma posição melhor na corrida. Tais obstruções teriam ocorrido na última curva, justamente quando Country House aparecia pelo meio buscando a glória maior na famosa arrancada da reta final. Ele não conseguiu, mas o segundo lugar na pista foi suficiente para herdar o triunfo e garantir um descanso merecido na casa de campo. Eles comemoram atrasados, mas comemoram com vontade. Desde Big Brown em 2008 um cavalo saindo da posição 20 não vencia, e desde Donerail em 1913 um cavalo não pagava tanto aos apostadores.

Country House agora vai em busca da tríplice coroa, esperando cruzar as próximas linhas de chegada em primeiro ou quem sabe contando com mais revisões em vídeo, pois a tecnologia chegou em todos os esportes e não há mais espaço para as injustiças. Se tem VAR no futebol, pode acreditar que terá VAR nas corridas de cavalo também, custando lágrimas para um dos lados e garantindo sorrisos do outro.

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